Câncer de próstata
O câncer de próstata é caracterizado pela multiplicação rápida e descontrolada das células de uma glândula que só é encontrada nos homens. Essa glândula localiza-se abaixo da bexiga e auxilia na produção do líquido que compõe o sêmen.
A doença é motivo de grande preocupação, sendo o segundo tipo de câncer mais comum em indivíduos do sexo masculino, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Felizmente, existem técnicas para diagnosticar a enfermidade ainda em seus estágios iniciais e possibilitar o tratamento adequado.
O que causa o câncer de próstata?
As causas do câncer de próstata ainda não estão claras. No entanto, alguns pesquisadores acreditam que mutações no código genético das células podem estar na raiz do problema. Além disso, existem alguns fatores de risco que aumentam as chances de desenvolvimento da doença:
- Idade: a doença se torna mais comum com o envelhecimento. Cerca de 60% dos casos afetam homens com 65 anos ou mais;
- Histórico familiar: quando o indivíduo tem um parente de primeiro grau que já sofreu com a enfermidade, suas chances de desenvolver a doença dobram;
- Raça: esse tipo de câncer é mais comum em homens com ascendência africana e caribenha, embora as razões disso sejam desconhecidas;
- Obesidade: o excesso de gordura corporal contribui para o agravamento da doença;
- Síndrome de Lynch: indivíduos que sofrem dessa doença são mais suscetíveis a vários tipos de tumores, incluindo o de próstata;
- Exposição ocupacional: acredita-se que a exposição constante a produtos tóxicos, como arsênio, derivados de petróleo e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, aumente as chances de desenvolver a doença.
Quais são os primeiros sinais de câncer de próstata?
O câncer de próstata tem desenvolvimento lento e raramente observa-se qualquer sinal nos estágios iniciais da doença. Todavia, dentre os sintomas, o paciente pode se queixar de:
- Dor nos ossos, sobretudo na região do quadril;
- Excesso de vontade de urinar;
- Dor ao urinar;
- Disfunção erétil;
- Interrupção do fluxo de urina;
- Sensação de bexiga cheia, mesmo após ir ao banheiro;
- Presença de sangue ou sêmen na urina.
É importante destacar que a presença de um ou mais sintomas não significa necessariamente que o paciente esteja com câncer, pois esses são sinais que também podem surgir em outras doenças.
Diagnóstico
Devido ao caráter silencioso da enfermidade, é importante que homens a partir dos 50 anos realizem exames preventivos regularmente. Ainda, quando há histórico familiar desse tipo de câncer, o acompanhamento deve iniciar aos 45 anos.
Assim, é possível diagnosticar a doença em sua fase inicial, quando o paciente ainda não apresenta nenhuma queixa. Para isso, há três tipos principais de exames capazes de verificar a existência de um tumor na próstata:
- Exame de PSA: realizado a partir da coleta de amostra de sangue;
- Exame do toque retal: fundamental para que o médico possa verificar qualquer anormalidade na próstata;
- Biópsia: realizada quando os exames anteriores levantam suspeitas da presença da doença, mediante a retirada de uma amostra da próstata para análise em laboratório. Essa é a única forma de confirmar a existência do tumor.
Quando o câncer de próstata é grave?
O câncer de próstata é mais grave quando não identificado em seu estágio inicial, pois o agravamento do quadro torna o tratamento mais complexo e reduz as chances de sucesso. Além disso, em estágios avançados, a doença pode se espalhar para outras estruturas, sobretudo para o esqueleto.
Tratamentos
Os tumores na próstata podem ser curados. Após o diagnóstico, é importante que o tratamento seja iniciado rapidamente. O oncologista pode recomendar uma série de abordagens conforme o quadro:
- Cirurgia para retirada do tumor;
- Radioterapia;
- Quimioterapia;
- Terapia hormonal.
A duração do tratamento do câncer de próstata pode variar, sendo fundamental que o paciente siga todas as recomendações do especialista.