Câncer de bexiga
O câncer de bexiga é o décimo tipo mais recorrente da doença, sendo o quarto mais comum em homens e o oitavo entre as mulheres. Existem vários tipos dessa enfermidade, mas a maioria dos diagnósticos corresponde ao carcinoma urotelial, em que os tumores se formam no interior do órgão.
Além disso, a doença pode se espalhar para outros órgãos do aparelho urinário, portanto, durante o diagnóstico, a oncologista verifica se há sinais da enfermidade em outras partes do sistema.
O que provoca câncer de bexiga?
Ainda não foi possível determinar todas as causas do câncer de bexiga, mas estudos mostram que, em muitos casos, o desenvolvimento da doença está relacionado a substâncias encontradas em cigarros e tintas.
Os principais fatores de risco são:
- Uso abusivo de analgésicos, como a fenacetina;
- Tabagismo, o fator de risco que merece maior atenção, pois o consumo de cigarro está associado a 50% dos casos da doença;
- Uso prolongado de medicamentos com ciclofosfamida, substância que está presente, por exemplo, em produtos utilizados no tratamento de doenças autoimunes;
Exposição prolongada a substâncias químicas e tóxicas encontradas em equipamentos elétricos, borrachas e tintas
Quais os sintomas?
Tumores na bexiga comprometem o funcionamento do órgão, levando o paciente a apresentar diversos sintomas, tais como:
- Urina com sangue vermelho vivo e, em alguns casos, com a presença de coágulos, principal sintoma que leva o paciente a buscar ajuda e identificar o problema;
- Dor pélvica. Quando o câncer está em estágio avançado, é possível que o paciente também sinta a presença de uma massa nessa região;
- Aumento do número de idas ao banheiro, porém com redução da quantidade de urina por micção;
- Desconforto e/ou dor ao urinar.
Entretanto, a mera presença desses sintomas não é suficiente para um diagnóstico preciso, pois eles podem estar associados a outras doenças. Assim, a melhor forma de obter uma confirmação é consultando-se com um especialista.
Câncer de bexiga é grave?
O câncer de bexiga é uma doença grave, sobretudo quando não diagnosticada precocemente. Entretanto, o prognóstico é animador. Em geral, as chances de cura chegam a 70%. Tudo vai depender da extensão do tumor e do estágio em que a doença se encontra.
Como é realizado o diagnóstico?
Quando o paciente relata a ocorrência dos sintomas mencionados acima, o oncologista pode solicitar 3 exames principais para chegar a um diagnóstico:
- Exame de urina para identificação de qualquer componente estranho que possa dar indícios de uma doença;
- Exames de imagem para identificação da origem do sangramento, pois ele pode se originar em várias partes do sistema urinário;
- Cistoscopia: exame que analisa o interior da bexiga por meio de um aparelho com uma câmera. Neste momento, também é possível retirar uma amostra de tecido do local para a realização de uma biópsia.
Tratamento para câncer de bexiga
Após a identificação do câncer de bexiga, é necessário analisar minuciosamente o quadro para definir a melhor forma de tratamento. Como cada paciente é único, as abordagens variam, mas as principais opções disponíveis são:
- Cirurgias: em alguns casos, é possível remover apenas o tumor. No entanto, se o quadro for muito grave, a cirurgia é realizada para a retirada parcial ou total da bexiga. Nesses casos mais agressivos, um novo órgão será construído para armazenamento da urina;
- Radioterapia, imunoterapia e quimioterapia: são terapias utilizadas para reduzir o tumor e, assim, preservar o órgão. Além disso, também são indicadas como tratamento complementar à cirurgia, visando reduzir as chances de que o câncer retorne. A imunoterapia e a quimioterapia envolvem a ingestão de medicamentos, enquanto a radioterapia é realizada com um equipamento que emite radiação ionizante.
Por fim, a duração do tratamento para o câncer de bexiga é variável, pois depende do método escolhido e da reação do paciente. As sessões de imunoterapia, por exemplo, costumam estender-se por 6 semanas, mas podem prolongar-se, caso haja necessidade.